Para podermos relacionar algum evento com saúde é preciso compreender
aspectos sobre o equilíbrio humano. A dinâmica humana obedece
a respostas energéticas em diversos planos, respondendo às ações
e reações que desencadeia no ambiente, é preciso, para
compreender um estado de saúde, observar uma unidade entre o ser humano
e o meio.
O meio e a interação com o ser humano formam uma unidade, desta
unidade se formam todas as manifestações, incluindo-se aqui a
manifestação da saúde ou da doença. A engrenagem
ser humano-ambiente determina a manifestação dos resultados desta
interação em saúde ou doença, não é simplesmente
um resultado de simbiose, mas um complexo que interage de forma profunda, a
ponto de ser possível observar uma unidade complementar em todos os
aspectos, gerando reações em cadeia no organismo vivo que se
manifesta, a Terra, onde os seres humanos se manifestam.
Na relação simbiótica um parece auxiliar na existência
do outro, na manifestação da unidade, um não existe sem
o outro, o ser humano atua em seu meio produzindo muitas manifestações,
físicas, emocionais, energéticas, e como ser criador, detém
parte da energia da terra, manifestando nela seu poder e sua criação,
que responde às leis regentes que permitem a eterna existência
da vida reagem, como o são, dotadas de consciência.
Toda vida tem em si o poder de estar consciente, a consciência é a
principal característica da vida, seu teor é determinado pela
vibração e pela quantidade de conhecimento que produz, estando
dinamicamente caracterizada pela memória, dela flui a capacidade de
interação com o meio. Os resultados desta interação
determinam saúde ou doença de acordo com o conhecimento.
A doença do mundo é a ignorância da forma energética
produzida pelo ser e da incapacidade de interação com o meio
dentro de princípios cósmicos de harmonia, a vibração
emanada pelo ser é seu cartão de visita e estabelece o que este
pode oferecer, como o conhecimento produz freqüências muito altas
de energia, é possível dizer que a vibração mais
rápida caracteriza o conhecimento, de forma que a vibração
de um ser determina o quanto ele realmente sabe a respeito das leis regentes
e sua capacidade de atuação diante do meio. O ser que possui
vibração mais lenta pode demorar a perceber os eventos, esta é a
principal razão para a existência da ilusão.
A ilusão, por sua vez, pode motivar a ação e esta ação
motivada por algo que não existe pode produzir a agressão. A
ilusão pode ser conceituada em milhares de manifestações
passageiras, e está atrelada à ignorância da verdade, como,
por exemplo, o evento do ego e suas populares companhias. A agressão
gera a doença, toda forma de agressão, seja ela física
ou psíquica em si ou em outro, gera reflexo na unidade, mesmo que não
possamos perceber a unidade refletindo em cadeia. Em um ponto de observação
mais próximo ao real, podemos dizer que os desastres ocorridos em nosso
equilíbrio físico correspondem aos desastres ocorridos na Terra,
assim, o conceito de saúde aqui proposto é um conceito de unidade,
inter-relação com o meio e equilíbrio entre estes fatores,
não sendo possível determinar como saúde ou doença
nenhum evento que interfira sobretudo nas condições de vida do
indivíduo sob um ponto de vista espiritual, ou seja, os eventos devem
ser vistos sob um prisma de unidade e ainda considerando a eternidade do ser
humano para classificar algum evento como salutar ou doentio.
O equilíbrio entre os sistemas que compõe o ser humano, incluindo-se
aqui a sua relação com o meio, é que determina o estado
salutar, onde algumas doenças físicas podem inclusive ser associadas. À medida
que corrigem a postura diante deste tênue equilíbrio, a doença
em si não é o vilão da história, mas sim um evento
decorrente da ignorância das leis que regem a vida, assim, são
utilizadas para aprendizado, considerando-se que nem sempre é possível
vencer os estados doentios sem aprender.
Temos ainda de lembrar que o estado de doença é um evento pessoal,
existem pessoas com perfeita saúde física que investem toda esta
saúde em atividades com finalidade de manterem seus egos, e embora não
saibam encontram-se mais doentes do que aqueles que a doença curvou
diante da lei, existem doentes do corpo mais saudáveis que alguns saudáveis
do físico. A própria dependência social e a busca pelo
poder são doenças aceitas socialmente como salutares. É preciso
reconsiderar não somente aquilo que o indivíduo acredita, mas
principalmente, a compreensão por ele apresentada de sua situação
no mundo, este movimento da atenção faz a real diferença
entre estar doente e ser doente.
A ayahuasca trabalha no âmago da compreensão humana, submetendo
a consciência ao exame mais profundo de sua alma, porém este estágio é alcançado
apenas após a compreensão, não sendo possível determinar
quanto tempo, mesmo com auxílio da ayahuasca e de outros instrumentos
como a meditação, por exemplo, o indivíduo ainda deve
experimentar para conhecer. A compreensão do meio, da existência
de um equilíbrio interior, traz a melhora dos eventos doentios do físico,
porém é justamente as obsessões do ego que são
capazes de adoecer o espírito, deixando-o por longos períodos
sob o véu da ignorância. É preciso olhar mais especificamente
para o corpo físico e compreender que aquilo que é finito não
pode ser o foco de nossa atenção, neste ínterim, devemos
perguntar se a velhice e a própria morte não são de fato
uma doença, para compreender ainda que a saúde está além
de nossos limitados esforços em manter um corpo saudável. É claro
que o aprendizado pode vir quando este corpo é jovem e saudável
e assim se mantenha através de um aprendizado independente dos estados
que incomodam, como a doença, mas tal fato é raro entre os humanos.
O trabalho com a ayahuasca é de conscientização de que
a ilusão existe dentro dos seres, o corpo físico é somente
um reflexo de uma desarmonia da unidade, a doença ganha nesta observação
um papel novo ao qual alguns seres devem ser totalmente gratos, quantos não
alcançaram sua alma somente na presença da doença, e quantos
saudáveis fisicamente estão distantes da realidade; a capacidade
de intervenção nos processo de aprendizado que podem ser proporcionados
por trabalhos bem direcionados com a ayahuasca está na exposição
que estes trabalhos proporcionam aos olhos dos indivíduos de uma nova
realidade, para que tenham o poder de promover a cura de suas ações
e assim, possam se manter saudáveis.
Contudo, não podemos afirmar que o conceito de saúde e doença
hoje vigentes observem de fato e em tempo real, a presença de doença
ou saúde, embora haja um esforço em observar que a dinâmica
da doença atinge o ser humano em diversos graus, em contexto biosociopsíquico,
o fato é que devemos nos perguntar quantos destes graus são conhecidos
de maneira superficial por seus estudiosos e quantos outros, como o domínio
energético, ainda são relegados ao campo do misticismo, embora
todas as provas de que necessitam para serem comprovadas estarem à disposição,
nem sempre os caminhos por onde os pesquisadores insistem em trilhar pode dar-lhes
a confirmação de que necessitam para admitir aquilo que é.
O fato é que o parâmetro saúde e doença ainda é equivocado
neste mundo, e admitir novos padrões custa um esforço social
de transformação que sustenta até os dias de hoje uma
grande resistência devido à presença nesta sociedade da
exaltação do ego.
Fonte: Site Ayahuasca & Autoconhecimento: http://www.geocities.com/aya.conhecimento
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